Trigo e seus reflexos na saúde

O pão da vida…, alimento do corpo e da alma, a partilha. Símbolo da fé católica na Santa Ceia, na hóstia, representando o corpo de Cristo.

Acordar e saborear  o tradicional pão com manteiga, as bolachas água e sal,  mantecais, pãezinhos recheados. No almoço de domingo, a costumeira macarronada.  E a pizza de final de semana? Há ainda uma infinidade de produtos que se alastram nas gôndolas dos supermercados e enfeitam as padarias, todos à base deste cereal – o trigo.

 Cereal saudável?

Nossos ancestrais natufianos, caçadores coletores, colhiam trigo e se alimentavam de caça, além de frutas silvestres. O trigo, que era macerado manualmente e preparado em forma de mingau, era o chamado einkorn (triticum monococcum) ou grão simples, do alemão.

A forma primária de trigo utilizada por seres humanos era uma espécie formada por 14 cromossomos. A necessidade de aumentar a produção, e de  outros fatores agrícolas, estimulou o trigo a passar por vários processos de endoduplicação após hibridações interespecíficas. Tais processos de modificação genética consecutivos, deram origem ao trigo atual (triticum aestivum) com uma estrutura de 42 cromossomos, bem diferente do original einkorn.

Tal diferença bioquímica embora ambas as espécies sejam quase idênticas, pode refletir significativamente no organismo humano, conforme descreve o Dr. William Davis, em seu livro “Barriga de trigo”.  Desde doenças de pele, hepáticas, autoimunes, diabetes, comprometimentos neurológicos, deficiências nutricionais, etc., podem ser desencadeadas pelo consumo do trigo atual, que na forma integral é amplamente recomendado o consumo por parte dos nutricionistas.

Além destes fatores, há ainda a presença em grande parte no trigo, do carboidrato complexo, tanto normal quanto integral, que é a amilopectina A, de fácil digestibilidade embora seja complexo, que eleva rapidamente os níveis de glicose sanguínea, aumento insulínico, e consequente deposição de gordura corporal (principalmente a visceral). Consequência : sobrepeso.

Todo este reflexo negativo após o consumo de um simples pãozinho integral, nunca foi documentado ou investigado profundamente pelos cientistas agrícolas, após as hibridações, que modificaram nosso cereal integral saudável. Porém já existem experiências que demonstram tais resultados.

Assim, se chega a um caminho alimentar saudável, seja ele na luta contra a balança, ou na reversão do pré-diabetes, doença celíaca, etc. ou ainda pelo equilíbrio físico contínuo.

Neste sentido, venho buscando uma alimentação correta na tentativa de reverter um pré-diabetes, cuja glicemia em jejum sempre se apresentava alterada (acima de 100 mg/dl), mesmo sendo eu uma pessoa com atividades físicas frequentes, uma dieta sem açúcar simples e amidos, já por muitos anos.

Minha opção pela retirada do trigo de qualquer espécie da alimentação foi fundamental para alcançar meu principal objetivo que é não ter diabetes. Como consequência disso, e com a substituição correta dos alimentos na dieta, obtive inúmeros benefícios, na redução de medidas, disposição, aspecto geral da pele, ganho de massa muscular, e aspecto emocional.

Por isso relato a minha experiência bem sucedida, mostrando o caminho alimentar que sigo, com os alimentos que fazem ou não parte da minha dieta, de forma que pessoas que tenham dificuldades em emagrecer ou estejam caminhando ao diabetes, ou ainda sofram de transtornos alimentares não descobertos, possam encontrar uma alternativa de melhora.

Há sim vida sem trigo, e pode ser muito melhor!

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