Sim, de fato as crises de ansiedade que desencadeiam alterações alimentares para mais quantidade de alimentos ou para menos, podem ter uma origem alimentar. Compulsões alimentares são precedidas por intensa ansiedade, depressão, comportamentos obsessivos-compulsivos e desregulação emocional, que podem levar uma pessoa desde a magreza extrema até a obesidade.
Sem dúvida fatores externos como medo, estresse, fatores hereditários, experiências psicológicas, de vida e familiares são contribuintes para transtornos alimentares. No entanto, podem ser potencializadas por uma alimentação deficiente.
A ansiedade é mediada pela maior ou menor biodisponibilidade de alguns neurotransmissores no Sistema Nervoso Central, e sua desregulação se dá pela falta de precursores dietéticos, bem como as situações externas, colocadas acima.
Neurotransmissores são compostos químicos que passam mensagens entre os neurônios, possibilitando a comunicação entre si e o restante do corpo. A maioria dos neurotransmissores é produzida a partir de precursores da dieta de um indivíduo.
Entre os neurotransmissores existentes, a serotonina (5-HT),é responsável pela regulação do humor, comportamental dos impulsos, e da saciedade.
O triptofano é um aminoácido essencial, portanto dependente exclusivamente da dieta, e advém de fontes vegetais e animais como: leite, ovos, carnes, frutos do mar, cereais integrais, batata, couve-flor, berinjela, soja, banana, kiwi, brócolis, tomates e nozes.
Excelente texto. Informativo, esclarecedor e muito bem elaborado.